Criatividade: De onde vêm as boas ideias?

Neste post, fugiremos um pouquinho do tema saúde propriamente dito e vamos falar sobre IDEIAS, sobre o processo de criação, e antes que fique alguma dúvida sobre a escolha do tema já lhe digo logo, “CRIATIVIDADE tem tudo haver com o que fazemos e como fazemos. Afinal de contas, ninguém disse que laboratório precisa ser chato neh!”(kkk…)

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Eu aposto que em algum momento de sua vida você já se perguntou:”o que é criatividade?” ou “fulano ou beltrano é mais criativo do que eu?” ou então, “De onde vêm as boas ideias?”. 

Nos filmes e nos livros de ficção, as ideias criativas parecem surgir de repente e do nada, frutos de um momento misterioso e inexplicável, ou de um feliz acidente. Thomas Alva Edison, um dos maiores inventores de todos os tempos, tinha uma visão totalmente diferente do processo criativo: “O gênio é 99% transpiração e 1% inspiração. Eu nunca criei algo de valor acidentalmente, nem fiz nenhuma de minhas invenções por acidente. Elas surgiram do trabalho”. Pablo Picasso também tinha idêntica opinião: “A inspiração existe, mas ela deve encontrá-lo trabalhando”.

É um tema que todos estamos interessados, queremos ser mais criativos, queremos ser melhores, queremos que as nossas organizações sejam mais inovadoras.

Observando este assunto do ponto de vista do ambiente cheguei a seguinte pergunta: “Quais os ambientes que historicamente contribuíram para elevadas taxas de criatividade e inovação?”

Descobriu-se que existem padrões recorrentes nesses espaços e que são cruciais para criar mentes inovadoras.

Percebeu-se que as ideias extraordinárias nunca surgem de um momento de produção, de ocupação e sim de um momento quando o indivíduo não está pensando no problema. As ideias em sua primeira versão são chamadas de palpites lentos. As ideias mais importantes levam tempo para evoluirem e passam um bom tempo hibernadas. Isso acontece porque as melhores ideias surgem normalmente da colisão entre dois palpites menores, que foram portanto, algo maior do que eles próprios. É comum observar na inovação casos de alguém que tem a “metade da ideia”. A história da invenção da internet é um bom exemplo. Tim Berners Lee trabalhou 10 anos no projeto mas não conseguia ter uma visão completa do novo meio que acabaria inventando até trabalhar em outros projetos paralelos. É assim que as melhores ideias surgem. Elas precisam de um tempo de incubação.

Outra coisa importante ao considerarmos as ideias como “Palpites” é que elas precisam colidir com outros palpites. É por isso que os cafés durante o iluminismo eram motores de criatividade. Porque na época eles permitiam que as pessoas se encontrassem e palpites lentos eram confrontados.

Ao observar a problemática da inovação sobre esta perspectiva é possível esclarecer de maneira importante o que a internet tem causado ao nosso cérebro. Estamos ficando desgastados ao nosso estilo de vida multifuncional e conectados 24 horas? Será que estamos ficando menos criativos a medida que vamos afastando da leitura de livros que é mais lento, contemplativo?

É obvio que eu gosto de ler, mas é importante lembrar que o motor da criatividade sempre foi a conectividade e a necessidade de buscar outras pessoas como quem possamos trocar ideias. Pegar emprestado palpites alheios e combiná-los com os nossos e transformá-los em algo novo. É verdade que estamos mais distraídos. Mas ampliamos enormemente a quantidade de formas e canais de nos comunicarmos e aumentamos infinitamente a transação das informações e “palpites lentos”.

O acaso favorece a mente conectada!

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