O aumento de casos de infecções pelo vírus influenza no ultimo trimestre deste ano tem atraído atenção para uma velha conhecida da humanidade. A gripe, como é chamada popularmente, tem gerado surtos regionais pelo país impulsionada pela introdução de uma nova cepa do subtipo da influenza A (H3N2).
O H3N2 surgiu em Hong Kong na década de 1960, mas sofreu uma mutação na Austrália. A cepa é chamada de Darwin, pois é o nome da cidade australiana onde ela foi sequenciada.
Segundo alguns especialistas, estamos presenciando um surto de influenza, de H3N2. Esse fenômeno pode ter relação com a baixa cobertura vacinal contra a gripe e flexibilização das medidas de restrição e prevenção adotadas contra a Covid-19.
Atualmente, são conhecidos três tipos de vírus influenza: A, B e C. Os dois primeiros são mais propícios a provocarem epidemias sazonais em diversas localidades no mundo, enquanto o ultimo costuma provocar alguns casos mais leves.
O tipo A da influenza é classificado em subtipos, como o A (H1N1) e o A (H3N2). Já o tipo B é dividido em duas linhagens: Victoria e Yamagata. Embora possuam diferenças genéticas, todos os tipos podem provocar sintomas parecidos, como febre alta, tosse, garganta inflamada, dores de cabeça, no corpo e nas articulações, calafrio e fadiga.
O vírus H3N2 é uma variante do vírus influenza A, que é um dos principais responsáveis pela gripe comum e pelos resfriados, sendo facilmente transmitido entre pessoas por meio de gotícula liberadas no ar quando a pessoa gripada tosse ou espirra.
Os sintomas mais comuns são picos de febre, dor de garganta, tosse, secreção nasal excessiva, dor de cabeça e no corpo e mal-estar intenso. Pode ter ocorrência de vômito e diarreia.
O vírus H3N2 é mais frequente em idosos e crianças. E é justamente por isso que são os públicos prioritários nas campanhas de vacinação contra a gripe. Pessoas com o sistema imunológico comprometido, grávidas e portadoras de doenças crônicas também devem ficar alerta para se prevenirem.
Pelo fato de a influenza ser um vírus respiratório, assim como o que causa a Covid-19, a prevenção contra ele ocorre da mesma forma, ou seja, com distanciamento físico entre as pessoas, uso de mascaras e higiene das mãos.
O período de incubação do vírus H3N2 é de três a cinco dias, quando começa a manifestação dos sintomas. Porem, também é possível que uma pessoa tenha a doença de uma forma assintomática, sem apresentar nenhuma reação.
Durante o período de incubação ou em casos de infecções assintomáticas, o paciente também pode transmitir a doença. O período de transmissão do vírus em crianças é de até 14 dias, enquanto nos adultos é de até sete dias.
A doença pode começar a ser transmitida até um dia antes do inicio do surgimento dos sintomas. O período de maior risco de contágio é quando há sintomas, sobretudo febre.
Para prevenção, a recomendação são as mesmas do vírus da Covid-19: usar máscaras, lavar as mãos com frequência, evitar aglomerações e principalmente, vacinar.
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