O que você precisa saber sobre os principais hormônios do seu corpo

Os hormônios são substâncias químicas produzidas pelas glândulas, tecidos especializados e neurônios, que equilibram as funções biológicas do corpo. Cerca de 50 tipos de hormônios são produzidos pelas glândulas endócrinas.

No corpo humano, os hormônios são responsáveis pelo metabolismo, crescimento, sexualidade, dentre outros. A palavra “hormônio”, de origem grega, significa movimento ou estímulo.

Principais Hormônios do Corpo Humano

Muitos hormônios são produzidos pelas glândulas que compõem o sistema endócrino (hipófise, tireoide, paratireoides, suprarrenais, pâncreas e as glândulas sexuais) do corpo humano.

Assim, os principais hormônios do corpo humano são: hormônio do crescimento (GH), antidiurético (ADH), tiroxina (T4), paratormônio, adrenalina, glucagon, insulina, estrogênio, progesterona, prolactina, testosterona.

Neste artigo vamos abordar os principais hormônios que atuam no seu organismo, sua função e onde são produzidos. Confira!

Hormônio do crescimento (GH)

O hormônio do crescimento é produzido pela hipófise sendo essencial para o crescimento dos seres humanos.

Ele atua no organismo na medida em que promove o desenvolvimento da massa muscular e do alongamento dos ossos.

Sua ação está ligada à produção de IGF-1, que é produzido pelo fígado. A partir da junção desses do GH ao IGF-1 é que ocorre o crescimento e desenvolvimento dos tecidos.

Antidiurético (ADH)

Produzido na glândula hipotálamo e secretado pela neurohipófise, o hormônio antidiurético ou vasopressina atua sobre os rins, mais especificamente nos túbulos renais.

Sua ação está relacionada ao controle da excreção de água no corpo, regulando, assim, a pressão sanguínea e o volume de urina armazenado na bexiga.

Tiroxina (T4)

A tiroxina, também conhecida como tetraiodotironina (T4) é um hormônio produzido pela glândula tireoide, que por sua vez é produzido pela hipófise.

O T4 atua em conjunto com outro hormônio, a tri-iodotironina (T3) e na falta desses hormônios, acontece a liberação do TSH, estimulando a produção desses hormônios.

Ela é responsável por diversas funções orgânicas, como: regulação do metabolismo, dos batimentos cardíacos, do desenvolvimento e crescimento do corpo e manutenção do peso corporal.

Paratormônio

O paratormônio é produzido pelas glândulas paratireoides, sendo responsável por regular a quantidade de cálcio no sangue.

Este hormônio atua em conjunto com a calcitonina, que ajuda a reduzir o cálcio do sangue e estimular a glândula paratireoide para liberar o paratormônio e incitar a liberação de cálcio dos ossos para o sangue.

Adrenalina

Produzida pelas glândulas suprarrenais (adrenais), a adrenalina é o hormônio que atua no sistema nervoso, sendo liberado em momento de tensão e estresse, desenvolvendo sua função de preparar o corpo para a ação de algo.

Ao identificar o gatilho de reação, a amígdala ativa o hipotálamo para que este possa ligar o sistema nervoso ao endócrino. A glândula pituitária (hipófise) libera para as glândulas suprarrenais a ativação do hormônio.

Os efeitos mais comuns da adrenalina são: sudorese excessiva, contração dos vasos sanguíneos, taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), aumento da pressão arterial e frequência respiratória.

Glucagon

O glucagon é um hormônio produzido pelo pâncreas e que atua no equilíbrio da taxa de glicose no sangue.

Sua ação é realizada por meio da ativação da enzima fosforilase, ou seja, quando as moléculas de glicogênio do fígado são transformadas em moléculas de glicose.

É a partir da ação exercida pelo glucagon que é evitada a hipoglicemia (queda da taxa de açúcar no sangue).

Insulina

O papel o mais importante da insulina no corpo humano é sua interação com a glicose para permitir que as pilhas do corpo usem a glicose como a energia. O pâncreas produz geralmente mais insulina em resposta a um ponto no nível do açúcar no sangue, por exemplo após ter comido uma elevação da refeição na energia. Isto é porque a insulina atua como uma “chave” para abrir as pilhas no corpo e permite que a glicose seja usada como uma fonte de energia.  

Adicionalmente, quando há adicional a glicose na circulação sanguínea, conhecida como a hiperglicemia, insulina incentiva o armazenamento da glicose como o glicogênio no fígado, no músculo e nas pilhas gordas. Estas lojas podem então ser usadas em um outro dia quando as exigências de energia são mais altas. Em consequência disto, há menos insulina na circulação sanguínea, e os níveis normais da glicemia são restaurados.

A insulina estimula a síntese do glicogênio no fígado, mas quando o fígado é saturado com glicogênio, um caminho alternativo toma sobre. Isto envolve a tomada da glicose adicional no tecido adiposo, conduzindo à síntese das lipoproteínas.

Estrogênio

O estrogênio ou estrógeno é um hormônio produzido pelos ovários femininos. Ele é responsável pelo desenvolvimento das características sexuais nas mulheres, como crescimentos dos seios, pelos pubianos, dentre outros.

A produção deste hormônio pelo organismo varia de acordo com a idade da mulher. Na puberdade, o estrogênio desempenha importante função no ciclo menstrual. Durante a gestação sua produção é aumentada, pois ele prepara o corpo para o parto.

O estrógeno possui diversas funções:

  • Determinar a distribuição da gordura no corpo (é capaz de diminuir o risco de desenvolver doença cardiovascular), assim, aumenta a deposição de gordura nos quadris e reduz no abdômen.
  • Estimular o desenvolvimento mamário
  • Proteger as células nervosas
  • Preparar o corpo feminino durante a gravidez (aumenta o tecido mamário, útero e vagina).

O estrogênio também influencia o comportamento das mulheres, e seu excesso – como no caso de mulheres que têm níveis maiores do hormônio – está relacionado com mulheres que sofrem mais de TPM durante o ciclo menstrual.

Progesterona

A progesterona é um hormônio produzido pelos ovários, pois ele atua no desenvolvimento do corpo para receber uma gestação.

Este hormônio é essencial para a mulher, pois tem relação com a menstruação, fecundação, transporte e implantação do óvulo fertilizado.

A progesterona é responsável pela preparação do útero e das mamas, bem como a inibição das contrações uterinas a fim de assegurar o desenvolvimento do feto.

Prolactina

A prolactina é o hormônio produzido nas glândulas mamárias femininas.

Ele é responsável pela produção do leite para alimentar o bebê e, por isso, durante a gestação as mamas ficam cheias de leite a fim de assegurar a nutrição do recém-nascido.

Testosterona

Testosterona é o principal hormônio sexual masculino. É responsável por regular a fertilidade, a massa muscular, a distribuição de gordura e a produção de glóbulos vermelhos. Os ovários das mulheres também produzem testosterona, embora em quantidades muito menores.

A produção de testosterona começa a aumentar significativamente durante a puberdade e diminui após os 30 anos de idade.

O hormônio é mais frequentemente associado ao desejo sexual e desempenha um papel vital na produção de espermatozoides. Os níveis de testosterona de um homem também podem afetar seu humor.

O que são as doenças endócrinas?

O sistema endócrino é composto por um grupo de glândulas e órgãos que regulam e controlam várias funções do organismo por meio da produção e secreção de hormônios. Os hormônios são substâncias químicas que afetam a atividade de outra parte do corpo. Em essência, os hormônios atuam como mensageiros que controlam e coordenam as atividades em todo o corpo.

As doenças endócrinas dizem respeito a

  • Um excesso de secreção de hormônio (denominada “hiper” função)
  • Uma deficiência de secreção de hormônio (denominada “hipo” função)

As doenças podem ser causadas por um problema na própria glândula ou porque o eixo hipotálamo-hipófise (a interação dos sinais hormonais entre o hipotálamo e a hipófise) está fornecendo estímulo excessivo ou insuficiente. Dependendo do tipo de célula da qual são originados, os tumores podem produzir hormônios em excesso ou destruir o tecido glandular normal, diminuindo a produção hormonal. Às vezes, o sistema imunológico do organismo ataca uma glândula endócrina (uma doença autoimune), o que diminui a produção hormonal.

Exemplos de doenças endócrinas incluem

  • Hipertireoidismo
  • Hipotireoidismo
  • Doença de Cushing
  • Doença de Addison
  • Acromegalia
  • Diabetes
  • Distúrbios da puberdade e da função reprodutiva

Geralmente, o médico mede a concentração dos hormônios no sangue para obter informações sobre o funcionamento da glândula endócrina. Às vezes, a concentração sanguínea isolada não consegue prestar informações suficientes sobre a função da glândula endócrina e, por isso, o médico faz a dosagem dos níveis hormonais.

  • Em determinados horários ou mais de uma vez ou em horários diferentes (por exemplo, ocortisol)
  • Depois de ter administrado um agente estimulante ou supressor (por exemplo, uma bebida açucarada, um medicamento ou um hormônio que podem desencadear ou bloquear a liberação do hormônio)
  • Depois que a pessoa cumpriu uma determinada instrução (por exemplo, ficar de jejum)

As doenças endócrinas costumam ser tratadas pela reposição de um hormônio cujo nível esteja deficiente ou pela redução de um hormônio cujo nível esteja excessivo. Contudo, às vezes, a causa da doença pode ser tratada. Por exemplo, se houver um tumor em uma glândula endócrina, é possível que ele seja removido.

Fonte:

https://www.msdmanuals.com/pt/casa/distúrbios-hormonais-e-metabólicos/biologia-do-sistema-endócrino/doenças-endócrinas

https://www.todamateria.com.br/hormonios/

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