Se depender do exemplo delas, vai ser cada vez mais comum encontrar mulheres de sucesso empreendendo e tocando grandes negócios.
Como uma atendente do McDonald’s veio a liderar o instituto de beleza que há anos forma filas nas portas? O que fez a “caipira” do interior de Santa Catarina transformar a camisaria de seus pais no maior do Brasil? E o que a menina vendedora aprendeu com a mãe e a tia Luiza, para formar uma das maiores redes de varejo do pais?
Empreender é muito mais do que abrir um negócio e criar um bom planejamento estratégico. É olhar para o próprio entorno e identificar oportunidades de inovar em um mercado e explorar novas possibilidades de empreendimento e lucro.
Além de lutar para conquistar espaço em mercados predominantemente masculinos, muitas vezes a empreendedora precisa, ainda, conciliar a vida profissional com a pessoal, o gerenciamento empresarial com o doméstico.
Mas tão numerosas quanto as dificuldades são as possibilidades de crescimento e de sucesso.
E é exatamente sobre isso que falaremos hoje – mulheres que transformaram suas habilidades e contextos de vida em oportunidades para criar negócios e prosperar.
Quer saber de quem estamos falando? Confira as histórias:
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Leila Velez e Zica Assis / Beleza Natural
Uma ex-empregada doméstica, um ex-taxista e dois ex-atendentes do McDonald’s. Todos os dias, os quatro entravam em ônibus urbanos para colar, no vidro atrás do motorista, um papel xerocado. “Se seus cabelos são um problema, nós somos a solução”, dizia o anúncio. À noite, o papel era arrancado pelos supervisores. De manhã, lá estavam eles de novo, fazendo sua divulgação.
Essa história começou há mais de 20 anos, quando Zica Assis começou a misturar produtos e matérias-primas em busca da fórmula que traria balanço a seus cachos super rebeldes. Foram incontáveis testes, que chegaram a deixar familiares carecas, até encontrá-la. Nascia a Beleza Natural, primeiro instituto especializado em cabelos crespos e ondulados do Brasil. Na época, ele era uma salinha de 30 metros quadrados que recebia imensas filas na porta, tocada por quatro sócios – aqueles do início. As chances de dar errado eram grandes, mas nas palavras da presidente e co-fundadora, Leila Velez, “a gente acreditava muito em um sonho e era tudo que a gente tinha”.
Alcione Albanesi / FLC
Alcione Albanesi nasceu prematura – brinca que nem na barriga da mãe, conseguiu esperar para fazer as coisas, e sua veia empreendedora se manifestou cedo. Com 14 anos, arranjou um trabalho como modelo, mas o que ela queria era ser dona da confecção de roupas, por isso se inseria nos bastidores do corte e costura. Montou sua própria confecção e, com 17 anos, já tinha 80 funcionários.
Em 1992, com a confecção vendida e outra loja bem-sucedida em funcionamento, Alcione encontrou uma lâmpada fluorescente sendo vendida a baixo custo em uma loja nos EUA, várias vezes mais barata que no Brasil, onde ainda era novidade. Quando leu “Made in China” no produto, resolveu ir sozinha visitar o país e perguntar pelas lâmpadas. Foram 71 viagens à China desde então, que contribuíram para a criação e o rápido crescimento da FLC.
Sônia Hess / Dudalina
Numa das idas a São Paulo para reabastecer o estoque da vendinha, Seu Duda acabou comprando muito mais do que deveria de tecido. Prejuízo certo em uma época em que as coisas não eram tão acessíveis como hoje, o espírito empreendedor de Dona Lina assumiu o controle. Ela descosturou uma camisa que tinha na venda, entendeu como a peça era feita, contratou duas costureiras (que passaram a trabalhar no quarto dos filhos) e, naquela tarde, fizeram três peças que venderam bem rápido. Da situação, Dona Lina viu uma oportunidade e assim nasceu a Dudalina, em 1957.
Seu Duda e Dona Lina são os pais de Sônia Hess. Ela, empreendedora, ele, poeta. As primeiras lojas de Balneário Camboriú foram deles. Segundo Sônia, as tocadas pela mãe, de quem herdou a sensibilidade para os negócios, eram muito mais bem sucedidas. Com 11 irmãos homens, Sônia assumiu a presidência da camisaria fundada pelos dois e transformou na maior exportadora de camisas do país. Perguntada se ser mulher atrapalha, ela responde que não: “o que importa é o espírito empreendedor”.
Chieko Aoki / Blue Tree Hotel
Chieko Aoki é um exemplo de como a sua experiência como empregada pode servir de aprendizado para a construção do próprio negócio.
Atuando na área de hotelaria desde a década de 1980, ela ocupada, inicialmente, a função de diretora de marketing de uma rede de hotéis de luxo.
O talento dela para o ramo era tamanho que, em poucos anos, ela já assumira a presidência da empresa.
Sua carreira continuou progredindo até que, em 1997, ela resolveu montar o próprio empreendimento utilizando todo o conhecimento que acumulou ao longo de sua carreira, além da sólida formação adquirida na sua graduação no curso de Direito na Universidade de São Paulo.
Com isso, ela fundou a rede Blue Tree Hotels, que já conta com mais de 20 unidades espalhadas por diversos estados brasileiros.
A rede segue a linha de hotelaria de luxo e resorts e é uma verdadeira referencia na área. Hoje Chieko é apontada como uma das empresarias brasileiras mais poderosas, chegando a ocupar o segundo lugar no ranking da Forbes em 2013.
Se você se inspirou com essas histórias de sucesso de mulheres empreendedoras, não deixe de conferir também nossos outros artigos. Até a próxima!