Mês de Novembro é lembrado por ser um mês dedicado à conscientização e prevenção ao Câncer de Próstata e nós, do Paula Tostes, também dedicados atenção especial ao tema. Por se tratar de um dos principais tipos de câncer e ser de fácil tratamento, quando identificado em sua fase inicial. Acreditamos que, quanto mais conversarmos sobre o assunto, mais pessoas podem se munir de informações e, quem sabe assim, inserir medidas preventivas em sua rotina. Câncer de próstata é assunto sério e nesse artigo vamos explanar um pouco sobre o assunto. Boa leitura!
O que é a próstata e quais são os principais fatores de risco?
A próstata é um órgão exclusivamente masculino, localizado abaixo da bexiga e tem a função de produzir o fluído que protege e nutre os espermatozoides no sêmen, tornando-o mais líquido. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, 1 em cada 6 homens podem ter câncer de próstata sem nem ter suspeita disso.
Os principais fatores de risco do câncer de próstata são desconhecidos. Estudos relatam que o aumento do risco de desenvolvimento de câncer de próstata está relacionado com a idade e histórico da doença em familiares. Outro fator de risco que vem sendo apontado é uma dieta rica em gordura saturada (principalmente gordura animal) e pobre em fibras. Em grande maioria, a doença acomete homens com idade superior a 50 anos.
Não existe uma forma de prevenção estabelecida para o câncer de próstata. Entretanto, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estabelece que hábitos de vida saudáveis, como a alimentação balanceada, a prática de atividades físicas, evitar o uso abusivo de álcool, evitar o uso de tabaco e drogas ilícitas e manter o peso dentro dos valores esperados, são fatores que contribuem para a prevenção do surgimento de doenças, inclusive o câncer.
Como é feito o diagnóstico do câncer de próstata?
A Sociedade Brasileira de Urologia orienta que seja realizada consulta ao urologista anualmente para os homens acima de 50 anos sem histórico familiar de câncer de próstata e para os homens acima de 40 anos com histórico familiar de câncer de próstata, mesmo que assintomáticos. O diagnóstico do câncer de próstata pode ser feito pelas seguintes maneiras:
- Exame de toque da glândula;
- Exame de Antígeno Prostático Específico (PSA) sérico;
- Ultrassonografia pélvica e transretal.
É importante salientar que o melhor diagnóstico se dá através da junção dos exames de PSA sérico e toque retal, pois aumenta a eficácia de detecção da doença a incríveis 95% de acerto. O exame de toque tem sensibilidade que varia entre 18% e 35%, já as dosagens do PSA têm sensibilidade entre 40% a 50%.
O exame de maior adesão atualmente é o PSA, devido ser menos invasivo e ainda existir um grande tabu relacionado ao toque e ultrassom retal. É importante saber que, para a realização do PSA, deve-se observar os seguintes cuidados:
- Não andar a cavalo no dia anterior ao exame;
- Após toque retal, aguardar 2 dias;
- Após ejaculação (Relação Sexual), aguardar 48 horas.
Curiosidades
Alguns estudos apontam que o consumo de tomate e seus derivados diminuem em 35% os riscos de câncer da próstata. O efeito benéfico do tomate resultaria da presença de grandes quantidades de licopeno, um betacaroteno natural precursor da vitamina A.
A suplementação dietética com Vitamina E e Selênio está associada a um efeito protetor contra o câncer da próstata, reduzindo os riscos de ocorrência da doença em 32% a 63% dos pacientes.
A exposição solar é um fator que diminui a incidência de câncer de próstata. Em países mais frios, onde os homens recebem menos irradiação solar, casos dessa doença costumam ser mais frequentes. A teoria é que a exposição à irradiação ultravioleta do sol tem efeito protetor contra o câncer de próstata.
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Referências
El Barouki MP. Rastreamento do câncer de próstata em homens acima de 50 anos através do exame diagnóstico de PSA. Revista Eletrônica Gestão & Saúde, Vol.03, Nº. 02, Ano 2012
Gomes, R. et al. A prevenção do câncer de próstata: uma revisão da literatura. Ciência & Saúde Coletiva, 13(1):235-246, 2008.
Srougi M, et al. Doenças da próstata. Rev Med (São Paulo). 2008 jul.-set.;87(3):166-77.