O efeito pós-pandemia: o novo normal é oceânico.

No inicio de 2020 o vírus da COVID-19 se espalhou pelo mundo, imprimindo um cenário de medo e dor. Milhares de pessoas não resistiram, nenhum país de fato, estava preparado para tamanha agressividade do coronavírus. Na tentativa de conter o avanço do vírus, empresas foram fechadas, milhões de empregos foram perdidos, sonhos foram deixados de lado. O mundo tinha apenas um objetivo em comum – acabar com o vírus da COVID-19.

Um ano e meio já se passou, hoje com um pouco mais de tranquilidade, conseguimos parar e pensar melhor sobre a nossa fragilidade. Se há um aprendizado que podemos tirar de tudo isso é que nós somos seres muito frágeis. E assim são também, as nossas instituições – as nossas empresas.

Cabe uma provocação aqui: a crise que estamos vivenciando agora, é apenas uma fase? Ou estamos vivendo um período de transição?

Pense comigo!

Até pouco tempo atrás, as mudanças aconteciam lentamente, o ambiente era estável, retilíneo, previsível. Demorava-se muito para que alguma coisa mudasse. O mundo era assim – nas empresas, as melhores práticas do passado eram suficientes para garantir sucesso no futuro.

Pois bem, o cenário mudou! Com os avanços tecnológicos nós conectamos o mundo de ponta a ponta, de repente era possível interagir com alguém do outro lado do mundo com tecnologia barata e eficaz. Um emaranhado de tecnologias foram desenvolvidas no sentido de deixar o mundo um ambiente amplo, comum, conectado e é claro, muito mais competitivo, agressivo, rápido e imprevisível.

O que o Covid-19 fez foi acelerar este processo ainda mais, se antes tínhamos certa insegurança a respeito da eficácia do home working, hoje é realidade na maioria das grandes empresas. Outro bom exemplo, a telemedicina, que está exigindo um novo olhar por parte da comunidade médica e planos de saúde sobre questões de segurança de informação, big data e customer service.

Existia um conto no Japão que falava sobre a dificuldade dos japoneses em manter a oferta de peixe fresco à população, ano após ano, a oferta de peixes próximo da costa japonesa vinham diminuindo, enquanto que a demanda aumentava.

Inicialmente, eles pensaram em congelar os peixes, mas observaram que este perdia qualidade e sabor ao chegar na costa. Então eles pensaram em colocar nos navios grandes tanques para que os peixes viessem vivos até chegarem a costa, mas ainda assim, a qualidade dos peixes e o sabor não eram os mesmos. Foi então que um japonês teve a ideia de colocar um pequeno tubarão no tanque para fazer uma experiência.

Dito e feito, observaram que com o tubarão no tanque, a qualidade e sabor dos peixes eram mantidas.

Mesmo comendo alguns peixes durante a jornada, o tubarão tinha um papel fundamental, de manter o ambiente instável, agressivo e aberto, assim como no oceano, assim como a vida é!

O que este conto nos ensina se aplica perfeitamente nos dias de hoje, nós não vivemos mais em um ambiente do tipo aquário, hoje, neste mundo conectado, aberto, veloz, o ambiente é oceânico. Isso significa dizer que as melhores práticas do passado certamente não continuaram funcionando como antes, tampouco as práticas de gestão que praticávamos.

No cenário atual, complexo, de altíssima competição e globalizado, tornou a vida um oceano, um cenário turbulento. Neste cenário as empresas não são sistemas fechados e isoladas do ambiente, onde os funcionários estão protegidos pelo dono, com comida e oxigênio não importando o que aconteça. Pelo contrário, no oceano o sistema é aberto e vivo. Portanto, a sobrevivência da empresa depende de cada indivíduo da equipe, que deve ser sensível e estar atento. O funcionário que antes era uma mão-de-obra, agora precisa ter visão crítica do ambiente e aprender a se adaptar, agindo rapidamente.

Meus amigos, os tempos estão mudando rapidamente, o que a COVID-19 fez foi nos mostrar que este é o novo normal.

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