Tudo o que você precisa saber sobre Dengue na Gravidez

Se você é uma grávida preocupada com a sua saúde e a saúde do seu bebê e gosta de se informar e quer se proteger contra a Dengue, este post sobre Dengue na Gravidez é para você!

Toda vez que nós ouvimos falar em má formação em bebês devido ao Aedes aegypti lembramos da microcefalia, causada pelo vírus da Zika. Mas a novidade científica é que a dengue, transmitida pelo mesmo vetor e velha conhecida dos brasileiros, pode aumentar em 50% as chances de a criança nascer com problemas neurológicos. Quem disse isso foi uma pesquisa realizada pelas Fiocruz em parceria com outras universidades. Outros achados desta pesquisa foram que, quando a dengue foi diagnosticada por analise dos sintomas (dor de cabeça, cansaço, febre alta), as gestantes corriam o risco três vezes maior de morrerem. Enquanto que, nos casos de confirmação por teste sanguíneo, a probabilidade era até 8 vezes maior, em comparação a grávidas não infectadas.

Isso acontece porque, muitas vezes, os sinais de dengue são confundidos com os de outras infecções, eventualmente mais brandas. Portanto, sem um teste de confirmação, não dá para saber se certos episódios de dengue eram, na verdade, outros problemas menos nocivos para as futuras mamães.

Também foi constatado que a pré-eclâmpsia e a eclâmpsia, que são complicações caracterizadas pelo aumento da pressão arterial durante a gravidez, eram mais frequentes no grupo infectado. E esses problemas, se não tratados, favorecem complicações para a mãe e o bebê.

Quais os cuidados que a gestante deve tomar para evitar a dengue?

Segundo os médicos da Fiocruz é preciso eliminar os locais que sirvam de criadouros do Aedes aegypti, evitando acúmulo de agua parada perto de casa e local de trabalho. O uso de vaporizadores elétricos e repelentes espirais é recomendado, assim como telas de proteção em portas e mosquiteiros. O uso de roupas que protejam mais o corpo, como calça comprida e meia, podem reduzir as chances de a mulher ser picada pelo mosquito.

Qual a maior fase de risco para a dengue na gravidez?

Os riscos para mãe infectada estão principalmente relacionados ao aumento de sangramento de origem obstétrica e às alterações fisiológicas da gravidez, que podem interferir na manifestação clínica da doença. Gestantes com sangramento, independente do período gestacional, devem ser questionadas quanto à presença de febre ou ao histórico de febre nos últimos sete dias. O comportamento fisiopatológico da dengue na gravidez é igual para gestantes e não gestantes. Com relação ao binômio materno-fetal, como ocorre transmissão vertical, há o risco de abortamento no primeiro trimestre e de trabalho de parto prematuro, quando adquirida no último trimestre. Existe também uma incidência maior de baixo peso ao nascer em mulheres que tiveram dengue durante a gravidez.

Quanto mais próximo ao parto a paciente for infectada, maior será a chance de o recém-nato apresentar quadro de infecção por dengue. Com relação à mãe, pode ocorrer hemorragia tanto no abortamento, no parto ou no pós-parto. O sangramento pode ocorrer tanto no parto normal quanto no parto cesáreo, neste último as complicações são mais graves e a indicação da cesariana deve ser bastante criteriosa.

Quais as recomendações para grávidas que tem suspeita ou confirmação de dengue?

A gestante deve procurar assistência médica imediatamente em caso de suspeita de dengue (febre acompanhada de dor de cabeça, atrás dos olhos, musculares, articulações, e cansaço) para exames clínicos e laboratoriais (sorologia IGG/IGM). O tratamento para gestante inicialmente é o mesmo que não-gestantes: repouso e hidratação. Em casos mais graves é preciso internação. Nos casos em que a mulher esteja amamentando, essa deve ser estimulada, mesmo em casos de confirmação da doença, pois o vírus da dengue não é transmitido pelo leite materno.

Se você gostou do tema Dengue na Gravidez deixe o seu comentário e confira outros tópicos também aqui abordados sobre Gravidez. Ainda, semanalmente nós postamos sobre assuntos do dia-a-dia e que muitas vezes passam desapercebidos do senso comum.

Fonte:

Fiocruz

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